ACADEMIA CULTURAL SAUDAÇÃO EM ITÁLIA
VÍDEO
Em Novembro e Dezembro já estávamos a objectivar a viagem, a escolher os pontos “fulcrais” a serem vistos com base num programa cultural relacionado com a História da Arte. Siena seria um ponto de passagem obrigatória; Florença uma resposta para os amantes do Renascimento, Roma um palco para os admiradores do Barroco. Bernini, Borromini, Miguel Ângelo, Rafael e Caravagio, começavam a ser as minhas palavras diárias.
Florença recebeu-nos com uma forte chuvada inicial e um céu cinzento mas que se dissipou logo que chegamos à “piazza” Miguel Angelo, um local e um miradouro excelente, deixando-nos ver a fabulosa cidade renascentista fora das suas muralhas, e o fabuloso desenho que constitui o seu urbanismo.
conduziu a “San Miniato al Monte”, um explêndido cartão de visita para quem inicia esta viagem pois que nos deixa rendidos perante o seu exterior e interior, de grande espiritualidade e beleza, conciliando pacificamente a arte românica, bizantina e renascentista entre outras.
Túmulo de Miguel Ângelo |
a Arquitectura, a Pintura e a Escultura.
Rumamos em direcção a Siena, e olhos nossos, espantados por tanta beleza, depararam-se com a magnifica Catedral iniciada no séc. XIII, representativo exemplo da arquitectura gótica italiana, com o interior todo em mármore preto e branco que são as cores do brasão de Siena. O velho centro histórico de Siena é de prender a respiração, qual sensação sentida mal descemos a escadas que nos conduziram à Piazza del Campo, com o famoso Campanile (campanário), onde se realiza a emotiva corrida de cavalos “, ou Palio di Siena.
No dia seguintete recuperamos bem. Acompanhados por uma guia especializada em História, introduzimo-
-nos pelas ruas da velha Roma começando pela Fontana de Trevi, onde muitos de nós tiramos a habitual foto, cumprindo a tradição de atirar uma moedinha para as águas da fonte “para garantir o nosso regresso a Roma”. Daí, um pulinho ao Pantheon construído na época greco-romana e actualmente em perfeito estado de conservação, com a sua alta cúpula dado ao edifício uma atmosfera etérea. Aí repousa o túmulo de Rafael. Seguindo por ruas estreitas e sinuosas, passamos por várias igrejas, todas elas monumentais em termos de arquitectura/escultura Barroca. Santa Maria Minerva é excepção por ser a única igreja romana gótico florentino. No seu interior uma das primeiras esculturas de Miguel Ângelo, no seu exterior, uma bela praça com um elefante de Berbini. Entramos na Iglesia del Gesù, igreja-mãe dos Jesuitas, com uma fachada genuinamente barroca.
Vimos muitas obras de Caravaggio espalhadas por muitas outras igrejas; S.Luis dos Franceses, Sto. Agostinho, Santa Maria del Popolo. Em Santa Maria Maggiori e Santa Maria in Trastevere admiramos os mosaicos plenos de esplendor bizantino, em S.Clemente, uma lição concisa de História Romana, e em San Giovanni in Laterano, soubemos ter sido fundada por Constantino no séc. IV, ter sido a principal residência Papal e o local da coroação dos Papas até ao século XIX. Quase em frente, poderá o fiel devotamente subir de joelhos os degraus da Escada Santa, 28 degraus levados para Roma, pertencentes ao Palácio de Poncio Pilatos, e que Jesus subiu depois da Flagelação.
Miguel Angelo mostrou-nos o seu “ex-libris”, a
escultura de Moisés que está na igreja de San Pietro in Vincoli.
Também não perdemos a grande obra do escultor Bernini na capela Cornaro
da Igreja de Santa Maria della Vittória - o êxtase místico de Santa Teresa d´Ávila ferida por uma seta de amor divino disparada por um anjo (que não nos deixa de lembrar Cupido).
Também nos passeámos pelas muitas Praças de Roma: A Piazza Navona com as suas Fontes, a sua animação, os muitos vendedores/expositores de quadros, as suas esplanadas e os seus magníficos gelados e a Praça de Espanha, graciosamente florida e animada de turismo. Passeámo-nos pelas margens do Rio e atravessámos com prazer as pontes da Ilha Teberina. Foi refrescante passar por aí.
E claro que não poderíamos perder uma entrada no Museu do Vaticano e na Basílica de S.Pedro, lugares emblemáticos a quem visita Roma. Que dizer? Não há palavras!
A belíssima Pietá de Miguel Angelo , o Baldaquino de Bernini e muitas outras esculturas na Basílica, para além do fervoroso abraço que nos dá a magnífica praça de S.Pedro, obra igualmente de Bernini.
até chegarmos ao aeroporto, passamos pelas Catacumbas DOMITILA, cemitério subterrâneo e local de culto dos primeiros critãos e ainda, pela Basílica de São Paulo Fora de Muros, a segunda maior basílica católica de Roma, uma reconstrução do século XVIII da antiga basílica paleocristã do tempo de Constantino e local de pregrinação ao longo dos séculos. Aí, figuram os retratos de todos os papas de Roma.
Acabamos a viagam, claro que um pouco cansados, mas com a certeza que muito foi visto, em glória da Arte e da História de Itália.
Dilia Figueiredo
(Notas de Viagem)