NA POLÓNIA
Este ano de 2012 pensámos fazer uma viagem de
interesse lúdico aos países da Polónia e da Republica Checa, ao contrário
do ano passado que escolhemos uma visita essencialmente cultural, a Florença,
Siena e Roma.
Preferimos começar a nossa viagem pela Polónia, descendo no aeroporto de
Varsóvia. Éramos 30 pessoas, incluindo a nossa já muito
estimada e esplêndida profissional Paulina Batista, que sempre nos acompanhou. Na Polónia, para além dos guias locais,
contamos com a presença do Alex,
responsável da Agência neste país, uma pessoa competente e muitíssimo
afável, de quem todos gostámos.VARSÓVIA
A Capital da Polónia muito surpreendeu a quem ainda a não conhecia.
Magnífica nos seus altos edifícios do centro Financeiro, nos seus monumentos, nas casas aristocrática, nas ruas floridas bordejadas de esplanadas, nas igrejas, nos palácios e nos jardins, onde resplandece a estátua de Chopin em Lazienki Park.
Passámos por praças estreitas e floridas até ao Castelo Real, construído no século 17, destruído durante a II Guerra e reconstruído nos anos 70.
Magnífica nos seus altos edifícios do centro Financeiro, nos seus monumentos, nas casas aristocrática, nas ruas floridas bordejadas de esplanadas, nas igrejas, nos palácios e nos jardins, onde resplandece a estátua de Chopin em Lazienki Park.
Passeámo-nos
pelo coração Histórico de Varsóvia, considerado desde 1980 Património
Mundial.
A adornar a praça repleta de
bares, esplanadas e galerias de arte, ali estão os prédios coloridos
de arquitectura tradicional.
Passámos por praças estreitas e floridas até ao Castelo Real, construído no século 17, destruído durante a II Guerra e reconstruído nos anos 70.
Daí, entrámos
na Praça Rynek Starego Miasta,
localizada no centro da Cidade Velha
(Stare Miasto), o bairro mais antigo e belo de Varsóvia, meticulosamente reconstruído depois de reduzido a escombros
no final da II Guerra Mundial
com a famosa estátua da sereia de Varsóvia
(Warszawska Syrenka), principal símbolo de Varsóvia, cuja origem vem da
Idade Média.
Completámos esta rápida visita passando
pela Torre Barbacana e pelas ruínas do forte medieval.
Porém não deixámos Varsóvia sem passar pela
praça do antigo Gueto, uma pequeníssima área onde morrerem mais de 400
mil judeus. Hoje está a ser construído um museu neste local, enquanto que
um memorial se ergue, lembrando e homenageando todos aqueles que
preferira morrer lutando a aceitar o destino imposto pelos nazis.
No dia seguinte já acordámos em Czestochowa.
A VIRGEM NEGRA DE CZESTOCHOWA
O Santuário de “Jasna Gora” , centro de devoção cristã, é o mais importante centro das peregrinações para os católicos na Polónia. Este mosteiro atrai diariamente milhares de peregrinos que buscam encontrar o famoso ícone da milagrosa Virgem Negra de Częstochowa, uma representação negra da imagem de N.Sra, possivelmente bizantina, (teoricamente tem uma base bizantina), actualmente quase toda envolta em prata, à qual são atribuídos muitos milagres.
Uma lenda, segundo um manuscrito de 1474 existente na biblioteca do mosteiro diz que a pintura a negro da imagem se deve ao evangelista S. Lucas que pintou A Madona Negra com o Menino Jesus, sobre um tampo de madeira duma mesa feita por Jesus carpinteiro. Acredita-se igualmente que teria sido enquanto posava para Lucas que Maria lhe relatou os pormenores da Anunciação e da infância de Jesus que Lucas mais tarde incorporaria ao seu evangelho. Logo, deveremos subentender a grande antiguidade do seu culto.
Igualmente, segundo documentos históricos antigos de Jasna Góra, conta-se que a pintura veio de Jerusalem até Częstochowa , onde chegou em Agosto de de 1382. Foi então que o príncipe Ladislau de Opole fomentou a vinda de monges húngaros(paulistas) a Czestochowa, onde fundaram um mosteiro no cimo de uma colina, conhecida como Jasna Góra (Monte Claro). Foi na igreja deste mosteiro que ficou colocada a imagem da Virgem Negra que se diz ter sido trazida por Ladislau. Então, rapidamente este local começou a atrair grande número de crentes, pelo que, peregrinos de todos os cantos do mundo começaram a aparecer em Jasna Góra. (atravessava-se uma época da maior e mais profunda cristianização da Europa),
Com o desenrolar dos anos, este mosteiro começou a ocupar um lugar especial junto do povo polaco que criou à sua volta toda uma vivência nacional congregadora de boa parte das suas energias e dos seus anseios, principalmente desde um episódio marcante, em meados do século XVII, em que se atribui à intercessão protectora da Virgem Maria da Virgem, a vitória de Jasna Góra sobre as tropas suecas do rei Carlos Gustavo que tinham invadido a Polónia e cercaram o mosteiro durante 40 dias até se retirarem. (conta-se que a desproporção era abissal: o exército invasor seria de 3000 soldados, enquanto os defensores totalizavam 90 homens armados e 70 monges).
À data já era bastante grande o complexo de edifícios monásticos de Jasna Gorá, dado o desenvolvimento necessário ao existente numero de peregrinos; em 1620, e para fazer frente às continuadas incursões das tropas do rei da Boémia, tinham sido começada a construção de uma forte muralha defensiva, pelo que a imagem da Virgem Negra estaria guardada dentro desta fortaleza defensiva.
A imagem tem cortes no rosto que foram feitas por atitudes vandalistas que se contam através da históriada Polónia, quando o quadro foi roubado, ou o mosteiro profanado e saqueado. O ícone foi repintado em Cracóvia, mas as marcas dos golpes permanecem claramente visíveis até hoje. A nível das várias construções, a base de construção inicial do santuário é gótica, à qual foram sendo acrescentadas secções, essencialmente barrocas, ou de transição do maneirismo para o barroco (séculos XVII e XVIII). É no centro deste complexo, do lado externo do Santuáio que está a Capela com a imagem da Virgem.
As paredes da catedral estão em grande parte cobertas por inúmeras placas votivas, expressões de gratidão pelos milagres atribuídos à Virgem, onde toma especial lugar o núcleo relativo aos soldados que por Ela foram salvos nas lutas pela independência do país. Igualmente interessante a sala do Tesouro, o Museu que protagoniza o histórico da cidade, e uma galeria de interessantes painéis do pintor polonês Jerzy Duda Gracz, que nos mostra uma visão muito particular das estações da Via-Sacra. Nestas pinturas, a Paixão de Cristo contêm figuras e personagens do nosso tempo, com a predominância da realidade polonesa, simbolizando, desta forma, a própria Via-Sacra do povo polonês.
Em 1656, o rei polaco Casimiro colocou na catedral de Lemberg, o seu reino sob a protecção da Virgem Maria e, desde então, ela ocupa o lugar de regente do país.
WIELICZKA é uma pequena cidade às portas de Cracóvia, especialmente conhecida e visitada pela sua MINA DE SAL, uma das mais antigas do mundo, ainda em funcionamento.
É um monumento único na história da indústria, com muitos lagos subterrâneos, galerias e capelas escavadas no sal pelos mineiros polacos, durante os 700 anos de existência da mina.
É um monumento único na história da indústria, com muitos lagos subterrâneos, galerias e capelas escavadas no sal pelos mineiros polacos, durante os 700 anos de existência da mina.
Nestas salas e Capelas, podem-se admirar diversas estátuas e outras obras feitas em sal.
Nicolau Copérnico, o Papa João Paulo II e Goethe visitaram esta mina e, as suas estátuas em sal, fazem parte do espólio.
Aliás, a mina tem uma longa tradição de visitas turísticas (mais de um milhão de turistas por ano).
Figuras de renome internacional, como Bill Clinton, e Baden-Powell também passaram por lá.
Durante a II Guerra Mundial as minas de sal foram ocupadas pelos alemães, como armazém para fábricas de produtos militares.
CRACÓVIA (Kraków) é o coração histórico e cultural da Polónia, localizada ao sul do país, nas margens do rio Vístula.
Foi fundada por volta do ano 700, sendo capital da Polónia entre 1320 a 1596, quando o rei Segismundo II resolveu mudar a capital para Varsóvia. Foi atacada e desvastada pelos Mongóis em 1241, 1259 e 1596.
Fez parte da Áustria com o nome de Krakau de 1795 a 1809 e de 1846 a 1910.
Os museus, as galerias, monumentais igrejas e monumentos, o Castelo de Wawel e demais construções históricas, fazem com que esta cidade seja considerada a mais europeia de toda a Polónia. Sede dos Reis Polacos a cidade Velha magnificamente conservada e declarada Património Mundial da Humanidade, oferece-nos uma visita à sua esplendorosa Igreja, de Santa Maria Virgem, também chamada Igreja Mariachi,
onde se vê e se escuta o maravilhoso toque do trompete que ecoa numa das janelas mais altas da torre, relembrando a história de um soldado que subiu até ao alto da torre e começou a tocar o seu trompete ao perceber que os invasores tártaros se aproximavam da cidade.
Um dia não foi muito para conhecermos a cidade, e, por certo, deixou alguma vontade a muitos de nós para lá voltar. Contudo, deu para conhecer o antigo bairro Judeu Kazimierz: Passamos pela fachada da fábrica de Schindler, por “Plac Nowy” e o seu mercado, e por diversas sinagogas.
Parámos então um pouco para beber um café num pátio que sérviu de cenário a Steven Spielberg numa das cenas do filme “A Lista de
Seguidamente subimos à fortaleza de Wawel, conhecemos a velha Universidade, almoçámos na Praça da Cidade Velha e entrámos nas Igrejas mais destacáveis.
Conhecemos o artesanato,
andámos de charrete,
divertímo-nos nas ruas,
divertímo-nos nas ruas,
e… ao cair da tarde, tivemos um momento perfeito de êxtase e relaxe, ao escutar alguns trechos Chopin, numa sala de um dos palácios da Praça.
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À noite, voltámos ao Bairro Judaico para, num jantar de despedida à cidade, saborearmos a sua gastronomia num restaurante típico, ao som de musica tradicional judaica.
No dia seguinte, de manhã, passámos pelas margens do Vístula num adeus a Cracóvia. Seguimos então na direcção de Auschwitz.
AUSCHWITZ
“Arbeit macht frei” (O trabalho Liberta) - Nada mais cínico do que a frase que se lê no portão de entrada do antigo campo de concentração de Auschwitz.
Todo o nosso grupo entrou.
Passo a passo, um pouco cabisbaixos, algo silenciosos e comovidos, foi assim que percorremos os arruamentos do campo e entramos nas salas agora “Museus” daquele que foi um dos maiores campos de concentração e extermínio da Europa. Alguns de nós não tiveram coragem de entrar nos pavilhões que expõem os pertences dos prisioneiros, principalmente o das crianças.
Quase que se podia adivinhar o pensamento de todos nós.
Como é possível ter havido tal desumanidade? Como é possível ter havido tais atrocidades? Até onde vai a insensibilidade do ser humano?
Não há palavras para descrever o que sentimos. Das cerca de 1.300.000 pessoas que ali morreram, 1.100.000 eram judeus. Os restantes, teriam sido presos políticos, pedintes, ciganos – pessoas indesejáveis aos nazis.
A poucos quilómetros de Auschwitz, um outro campo de concentração-Birkenau. Aí os comboios desembarcavam de imediato as pessoas dentro do campo da morte… e pensar que minutos antes tínhamos visto no museu de Auschwitz alguns dos bilhetes de transporte adquiridos e pagos pelos próprios judeus…
Nestes dois campos que visitamos foi-nos mostrado o que nunca deveria ter sido concebido: As celas dos carcereiros e da polícia nazi, os pátios de fuzilamento, as celas exíguas onde se morria por exaustão e asfixia, restos de bonecos partidos, roupinhas, malas e sapatinhos de crianças, os pavilhões que serviam às monstruosas experiências laboratoriais, as câmaras de gás, as latas com os restos do veneno tóxico, os fornos crematórios.
Por respeito aos muitos mortos não mostramos neste “Blogg” essas fotografias.
Satisfez-nos ver uma placa assinada por George Santayana (filósofo, ensaísta, poeta e romancista) que nos faz reflectir sobre a responsabilidade que cabe a cada um de nós quanto ao futuro da humanidade,
( "Aqueles que não conseguem lembrar o passado
estão condenados a repeti-lo")
estão condenados a repeti-lo")
enquanto que, simultaneamente, dirigimos a nossa atenção àqueles muitos jovens adolescentes que vimos entrar em visita a estes campos de concentração; Que eles possam conhecer e interpretar todas essas imagens de holocausto, como uma das muitas páginas negras da história, ajudando a que esta JAMAIS SE POSSA REPETIR.
Saímos deste local, e, lentamente, a camioneta começou a rolar com destino à fronteira com a Republica Checa. Eram os nossos últimos quilómetros de estrada em solo polaco. Do lado de lá, aguardava-nos a cidade de PRAGA..
EM PRAGA
Praga é uma cidade de inesperadas e raras maravilhas, onde as obras primas da Arte Sacra da Idade Média rivalizam com a opulência do Barroco, com o “decor” da Arte Nova, e com o trabalho dos gigantes na Arte Moderna.
E, assim, extasiados, bebendo com o olhar a magnitude desta cidade monumental, magnifica durante o dia e algo de fantasiosa ao cair da noite e ao acender das luzes, ficámos de imediato rendidos a esta “cidade de fadas”, onde cada rua, com os seus esplendorosos edifícios góticos, renascentistas ou barrocos é um museu a céu aberto.
Também os palácios e os jardins são monumentos históricos e arquitectónicos. Muitos dos Palácios são agora museus oferecendo uma óptima panorâmica da história dos Checos e da população judaica de Praga.
Praga tornou-se uma cidade turística por excelência em qualquer época do ano. Porém, logo que o Inverno se despede, a cidade ganha mais vida e os parque e jardins explodem numa profusão de cores, aromas e eventos, pelo que será fácil encontrarmos nas ruas, entrecortado com o ruido das chávenas e dos copos nas esplanadas, o som de um saxofone, de um violino ou de quaisquer outros instrumentos dos muito animadores de rua.
Digamos que um dos expoentes máximos da cidade, será o belo rio Vltava (Rio Moldava) que tem servido de inspiração a muitos poetas, músicos e pintores ao longo dos séculos.
Aí, toda a magia do momento na “palma das nossas mãos” quer quando deslizamos romanticamente de barco pelas suas águas, ou nos passemos pela sua mais bela ponte, a ponte de Carlos, relembrando a história do seu histórico passado, ou imaginando-se o seu misticismo em cada uma das suas estátuas barrocas.
Aí, toda a magia do momento na “palma das nossas mãos” quer quando deslizamos romanticamente de barco pelas suas águas, ou nos passemos pela sua mais bela ponte, a ponte de Carlos, relembrando a história do seu histórico passado, ou imaginando-se o seu misticismo em cada uma das suas estátuas barrocas.
Foi assim que todo o nosso grupo sentiu a cidade, quando na manhã de 22 de Maio saímos em exploração, começando pelo Bairro Hradcany nos arredores do Castelo: (HRAD=Castelo) A sua praça está rodeada Museus e Galerias de Arte que se instalaram dentro de antigos Palácios Renascentistas.
Neste bairro visitámos o LORETO, um importante local de peregrinação, construído em 1626, que engloba uma igreja, várias capelas, vários edifícios religiosos e um museu, onde, entre vários tesouros de Arte Sacra que datam dos séculos XVI-XVIII, se encontra uma das mais valiosas peças litúrgicas, uma Custódia dourada com diamante incrustados.
Neste bairro visitámos o LORETO, um importante local de peregrinação, construído em 1626, que engloba uma igreja, várias capelas, vários edifícios religiosos e um museu, onde, entre vários tesouros de Arte Sacra que datam dos séculos XVI-XVIII, se encontra uma das mais valiosas peças litúrgicas, uma Custódia dourada com diamante incrustados.
Um pouco mais à frente estão os portões de entrada para o Castelo, coroadas por estátuas, cópias de Gigantes em Luta (século XVIII). Dentro, ergue-se o esplendor gótico da Catedral de S.Vito. Os pátios do Castelo datam do séc. XVIII, vindo acrescentar aos edifícios renascentistas, construções nos estilos Barroco Tardio e Neoclássico. Passámos então pela Travessa Dourada, onde morou Kafka - rua de pitorescas casas dos artesãos ao longo da muralha do Castelo (construídas no século XVI, para os guardas e artilheiros do Castelo).
Saímos do Castelo pela rua Nerudova (nome do poeta e jornalista Jan Neruda que escreveu uma série de pequenas histórias passadas nesta zona de Praga). Curioso notar nesta rua, os dísticos (animais, emblemas heráldicos) sobre as portas, que antecederam a sua numeração, dada em 1770. Estamos no Bairro de Malá Strana (Bairro Pequeno), belíssimo nos seus muitos edifícios barrocos.
Ao fundo da rua a belíssima Igreja Barroca de S.Nicolau de construção iniciada em 1703, uma consagrada obra prima. No seu interior um fabuloso órgão de 1746 e utilizado por Mozart em1787. Por cima, pode ver-se um fresco de Sta. Cecília a padroeira da música.
Saindo, contornando pela esquerda e descendo a rua está a Ponte de Carlos, que comunica Malá Strana com Staré Mésto (Cidade Velha). Esta parte da cidade, foi desde o século IX cenário de intercâmbios comerciais, o centro do mercado. Na Praça da cidade Velha pode-se ver e escutar o relógio astronómico na Torre da antiga Câmara Municipal, um das jóias da cidade.
Num dos extremos da Praça outra igreja de S.Nicolau, uma Igreja Hussita de fachada branca construída sobre um templo que já existia no século XII e, numa outra extremidade da praça um monumento dedicado ao reformista e herói checo, João Huss.
Porém, a dominar toda a Praça da cidade Velha, os magníficos campanários da Igreja Gótica Nª Senhora de Týn, iniciada em 1365, com realce para a Efígie da Virgem Maria em ouro maciço. Em redor da praça, edifícios de vários estilos arquitectónicos, prendem o nosso olhar.
Não longe está o Josefov (O Bairro Judeu), que visitámos. Na Idade Média viveram duas comunidades judaicas distintas; judeus que se estabeleceram à volta da Antiga-Nova Sinagoga, e os judeus do antigo Império Bizantino que se fixaram à volta do antigo Shul, local onde agora está a Sinagoga Espanhola. Com os anos, as duas comunidades fundiram-se gradualmente e acabaram por se confinar num gueto fechado. Só no século XIX é que a área foi incorporada na cidade e o gueto demolido devido à falta de saneamento na zona. Contudo, algumas Sinagogas e o antigo Cemitério Judeu foram poupados.
Uma outra parte da cidade por onde andámos foi Kampa, uma Ilha formada por um braço do Vltava, um local tranquilo num dos extremos do Bairro Pequeno, que nos conduziu ao Menino Jesus de Praga na Igreja Nossa Senhora da Vitória e, daí, ao funicular que serve o Parque Petrin, em cujo cimo está a Torre de Observação, uma imitação da Torre Eifel, que subimos, para contemplar toda a cidade em redor, o rio e as suas pontes.
Ainda tivemos possibilidade de visitar a Igreja Mosteiro Nossa Senhora das Neves, situado perto do nosso Hotel, no centro da cidade, numa rua quase perpendicular ao histórico Hotel Europa de características originais Arte Nova.
Os três a quatro dias em Praga não nos permitiu visitas a Museus ou Galerias, mas quase ficámos saciados pelo que muito vimos, que andámos, que apreciámos. Se as ruas, as fachadas dos edifícios, os telhados, as montras das lojas, as esplanadas e as igrejas são Museus abertos na cidade… ah! sim!; o nosso percurso foi riquíssimo, onde não se perdeu uma só hora sem absorver a riqueza inesgotável de Praga.
Quisemos este ano ter uma jornada lúdica. Tivemo-la. Nas ruas e nas pontes por onde passámos, nos carros nostálgicos que nos divertiram, no rio por onde navegámos, no Teatros que assistimos, na música e no folclore que ouvimos e dançámos, nos pés já cansados e… nas muitas fotografias que todos tirámos.
Quando regressámos a Portugal, todos, sem excepção, e apesar de cansados, vínhamos com a certeza de que fora uma excelente viagem e, talvez muitos de nós, com uma secreta esperança de um dia poder voltar.
EM KARLOVY VARY - REPÚBLICA CHECA
Depois de termos estado em PRAGA, partimos para conhecer um pouco mais da REPÚBLICA CHECA.
Foi assim que visitamos a fabulosa e lindíssima cidade de KARLOVY VARY, que muito merece o seu estatuto de segunda cidade mais visitada por turistas na República Checa.
Historicamente famosa pelas suas termas, a cidade localiza-se num vale rodeado de românticas paisagens montanhosas, a cerca de 130 Km de Praga, parte ocidental da Boémia, na confluência dos rios Ohře e Teplá.Karlovy Vary foi fundada em 1350 e ganhou a sua reputação devido à existência das suas muitas nascentes de água mineral quente, com efeitos medicinais.
Por volta do fim do século XVI já existiam zonas termais mas são os finais do século XIX que a transfomaram num destino turístico popular e que determinaram definitivamente o aspecto arquitectónico (Barroco e Arte Nova) com que a cidade hoje se nos apresenta.
Para o esplendor das termas e da sua vida social, muito contribuem a tradicional e afamada produção de vidro de cristal e porcelana, “MOSER”, a antiquíssima produção internacionalmente conhecida do seu licor "Karlovarská Becherovka" feito de ervas medicinais, bem como, a não esquecer, os famosos festivais Internacionais de cinema...
Nada melhor do que um pequeno filme da nossa viagem para nos documentarmos.
Recomendamos vivamente Karlovy Vary como um destino a não perder.
Dilia Figueiredo
Notas de Viagem